Wednesday, December 31, 2014
Tuesday, December 30, 2014
87 BOPINHO FALAI UM FILME CULT MOVIE SOBRE OS ILLUMINATI TEM? CLARO QUE TEM POHA VC TA FALANDO COM O CARA!!!! CONHECE JIM JARMUSH? "OS LIMITES DO CONTROLE" (THE LIMITS OF CONTROL)
Posted on 10:26 PMby Unknown with No comments
AMIGOS O FILME É TÃO ILLUMINATI DO PONTO DE VISTA DE NÓS CONPSIRACIONISTAS, QUE NEM PRECISAMOS DE SPOILER!!!!!!!!
JIM JARMUSH NAO ESTARIA À SERVIÇO DOS ILLUMINATI?????
PODE ATÉ ESTAR TIRANDO O SARRO MAS QUE É ILLUMINATI CULT MOVIE É KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
TEM MULE PELADA TEM BUNDA TEM DE TUDO MENOS SEXO KKKKKKKKKKKKKKKK
PODEM PROCURAR NA NET QUE O URSO RECOMENDA!!!
86 EU DISSE QUE O CQC FAZ PARTE DA MIDIA ZIONISTA, NÃO FOI POR CAUSA DAS PIRÂMIDES QUE APARECERAM NAS VINHETAS MEW
Posted on 2:12 PMby Unknown with No comments
REPORTER RONALD RIOS É DEMITIDO, ATÉ AI TUDO BEM, APESAR DE QUE PRA ELE ESTAR LÁ COMO INTEGRANTE DO GRUPO, ELE TAMBÉM DEVE TER NASCIDO ZIONISTA, MAS OSSOS DO OFICIO, VOCÊ PODE ARGUMENTAR QUE ELE NÃO ATINGIU O NÍVEL DESEJADO E BLA BLA BLA.
AGORA, SE PERGUNTAREM A OPINIÃO DOS URSOS...
PRA MIM A IDA DELE PRA GAZA FOI UM MILAGRE OU QUERIAM MOSTRAR QUE PALESTINOS TEM CULPA, QUE ELES SAO OS MALVADOS DO CONFLITO.
MAS NAO FOI O QUE ACONTECEU COM A REPORTAGEM.
O REPORTER SENTIU NA PELE COMO É MASSACRANTE ESTAR DO LADO DOS ZIONISTAS, HUMANAMENTE IMPOSSIVEL CULPAR O HAMAS SOMENTE E ISSO NAO FOI O QUE A DIREÇÃO DO CQC QUERIA...
O REPÓRTER FOI DEMITIDO E A REPORTAGEM NÃO FARÁ PARTE DOS MELHORES MOMENTOS CQC 2014
AGORA ELE, DEMITIDO, ESTÁ PUTIFICADO NAS REDES SOCIAIS PORQUE A SUA REPORTAGEM (ALÉM DELE) FOI BAN
E NÃO FOI PORQUE NÃO QUERIAM MOSTRAR FUNCIONÁRIOS DEMITIDOS NESSE PROGRAMA DE FINAL DE ANO, AFINAL MARCELO TAS E DEMAIS ESTÃO NO PLAYLIST.
A MINISTRA DA JUSTIÇA QUE FOI IMPORTUNADA POR ELE PODE TER INFLUENCIADO I DON'T KNOWWWWW MANNN SO SEI QUE O CQC É PARTE DA MIDIA ILLUMINATI E PONTO FINAL.
O FATO É QUE O URSO AVISOU QUE O CQC ERA ILLUMINOSO BEM ANTES DE APARECEREM PIRÂMIDES, OLHO-QUE-TUDO-VÊ NAS VINHETAS (O QUE CAUSOU A NECESSIDADE DELES ABRIREM UM ESPAÇO NUM DOS PROGRAMAS PARA DIZEREM QUE FOI ZOAÇÃO).
EU TAMBÉM DISSE QUE TODO O CENÁRIO STAND UP, NISSO INCLUAM RAFINHA BASTOS, DANILO GENTILI, LÉO BASTOS, MARCELO ADNET, FABIO PORCHAT, E QUASE TODO O RESTO FAZEM PARTE DA "IRMANDADE ZIONISTA".
QUEM OS CONHECE SABE DO QUE ESTOU FALANDO!
E QUEM OS CONHECE AVISEM TODOS ELES PORQUE DE REPENTE NEM ELES MESMOS SABEM PORQUE ESTAO FAZENDO SUCESSO RELÂMPAGO AFINAL É UMA LEVA DE ZION KIDS QUE ESTÁ SUBSTITUINDO A "IRMANDADE ZIOINSTA" ATUAL ENCABEÇADA HOJE POR JÔ SOARES, LUCIANO HUCK, BORIS CASOY, ETC, ETC, ETC. QUE ESTAO CADUCANDO E SERÃO JOGADOS PARA O ESCANTEIO EM BREVE PELO PRÓPRIO ESTABLISHMENT ZIONISTA.
A REGRA É CLARA AMIGOS, USOU JOGOU FORA!
EU AUMENTOWW MAS NAO INVENTOWWW
KAKAKAKAAKKAKA
RONALD RIOS XEGUE AE KKKKKKKKKK
NAO SABE PORQUE FOI DEMITIDO, NAO SABE PORQUE TE IGNORARAM?
SE VOCÊ CONHECESSE ESSE BLOG ANTES
TAMBÉM NÃO FARIA DIFERENÇA ALGUMA
AFINAL VOCE INGENUO ESTAVA NO MEIO DO VESPEIRO E NÃO SABIA
KIKIKIKIKI
Monday, December 29, 2014
85 QUEM É EDGAR EVANS CAYCE, E ESSE ANEL MAÇOM COMO FIKA? (EDIT)
Posted on 10:18 PMby Unknown with No comments
Edgar Evans Cayce (Hopkinsville, 18 de Março de 1877 — Virginia Beach, 3 de Janeiro de 1945) foi um paranormal norte-americano que teria canalizado respostas para questões que tratam sobre espiritualidade, imortalidade, reencarnação, saúde, dentre outras.1 Também fundou a organização sem fins lucrativos Association for Research and Enlightenment e trabalhou como fotógrafo.
Cayce teria sido um dos maiores clarividentes da História. Era chamado pela mídia norte-americana como "OProfeta Adormecido", porque predizia eventos futuros e prescrevia medicamentos com os olhos fechados, relaxado sobre um divã e ao lado de uma taquígrafa realizando as anotações, em um suposto estado de "transe".
Entre algumas predições que teria realizado, estão a previsão do início e do fim dos conflitos da I e II Guerras Mundiais, o surgimento do Nazismo, os conflitos raciais dos EUA desde o início dos anos 20, as datas dos falecimentos de dois dos Presidentes dos EUA à época, a extinção da Liga das Nações (organização que antecedeu a ONU em princípios e objetivos), a Grande Depressão Econômica (1929-1934) dos EUA, o fim docomunismo na Rússia e o surgimento da China como grande potência econômica e cultural.
Entre as predições que NÃO se realizaram, está a III Guerra Mundial, que surgiria do conflito entre a Líbia, Egito, na Síria e em regiões remotas na Indonésia, Golfo Pérsico e Austrália. Outros eventos como transformações do clima, geologia e geografia da Terra, como o aumento do nível dos oceanos, a volta à atividade de falhas sísmico-geológicas e vulcões, a submersão da Califórnia, o desaparecimento de Nova York, a destruição do arquipélago japonês, dentre outros, ainda estão por se confirmar parcial ou inteiramente.
Edgar Evans Cayce era filho de agricultores e suas habilidades psíquicas começaram a aparecer em sua infância. É alegado que Edgar Cayce poderia ver e falar com o espírito de seu avô, dentre outros espíritos e ainda criança podia memorizar livros dormindo sobre eles.
Na área da saúde, teria predito o aparecimento de doenças modernas, como stress, tensão arterial alterada e o aumento de doenças cardíacas.
Clientes de Cayce inclui uma série de pessoas famosas, como Woodrow Wilson, Thomas Edison, Irving Berlin e George Gershwin2 .
Além das profecias, realizou também um detalhado relato sobre o mítico continente da Atlântida.
* * *
PRA QUEM NÃO SABE, O BOPINHO TAMBÉM É MAE DINAH NAS HORAS VAGAS MEW KKKKKKKKKKKKKKKK POR ISSO GOSTO DESSES PARANORMAIS, É CLARO QUE TEM MUITO PICARETA NA ÁREA PORTANTO É BOM NÃO ADENTRAR NO ESPIRITISMO, CHICO XAVIER, E OUTROS PARANORMAIS MUITO DUVIDOSOS (EMBORA O EVAN CAYCE SEJA QUASE UM CHICO XAVIER GRINGO, ME RECUSO A CRER EM ESPÍRITOS).
QUANDO ERA PIVETE TIVE UM EVENTO PREMONITÓRIO NUMA CASA DE PRAIA, EU ESTAVA NA PRAIA E SABIA QUE VINHA UMA TEMPESTADE MAS NINGUEM ME DEU BOLA, PRA QUÊ... A NOSSA CASA DE PRAIA FICOU ILHADA KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK E ME VINGUEI DE TODO MUNDO QUE DIZIA QUE EU ESTAVA LOUCO.
ALÉM DESSE EPISÓDIO DIGNO DE ARQUIVO X-BURGER, E QUE NÃO ESQUECÍ NUNCA MAIS, TIVE E CONTINUO TENDO (COM MAIS RARIDADE MAS TENHO) DÉJÀ VU NA FORMA DE CENAS FOTOGRÁFICAS.
A CENA ACONTECE E NO MOMENTO SINTO UM CONGELAMENTO QUE ME DIZ QUE EU VI E ESTIVE NESTA CENA DURANTE UM SONHO. E REALMENTE SÃO AQUELES SONHOS QUE VOCÊ LEMBRA AO ACORDAR SÓ QUE NA HORA VOCÊ DIZ APENAS "QUE SONHO ESTRANHO MEWWWW".
A CIÊNCIA DIZ QUE SÃO CURTO-CIRCUITOS ENTRE NERVOS VINDOS DE REGIÕES DO CÉREBRO RELACIONADOS À MEMÓRIA, PORÉM COMO ALGUÉM QUE TEM ISSO DESDE A INFÂNCIA, DISCORDO TOTALMENTE.
QUANDO FUI PIVETE ACORDEI COM A SENSAÇÃO ESTRANHA DE TER SONHADO QUE ESTAVA NA QUADRA DO COLÉGIO SENTADO NA ARQUIBANCADA SOZINHO E OLHANDO PARA A QUADRA VAZIA, E DE UM ÂNGULO VISUAL QUE COINCIDIU PERFEITAMENTE COM A CENA QUE ACONTECEU DIAS OU MESES APÓS ESTE SONHO. A CENA É PARALISANTE E AO MESMO TEMPO TÃO CONVINCENTE QUE FAZ COM QUE VOCÊ NO EXATO MOMENTO PERCA A NOÇÃO DO TEMPO, AFINAL NO PASSADO VOCÊ ENXERGOU UM ATALHO PARA O FUTURO.
QUANDO FUI PIVETE ACORDEI COM A SENSAÇÃO ESTRANHA DE TER SONHADO QUE ESTAVA NA QUADRA DO COLÉGIO SENTADO NA ARQUIBANCADA SOZINHO E OLHANDO PARA A QUADRA VAZIA, E DE UM ÂNGULO VISUAL QUE COINCIDIU PERFEITAMENTE COM A CENA QUE ACONTECEU DIAS OU MESES APÓS ESTE SONHO. A CENA É PARALISANTE E AO MESMO TEMPO TÃO CONVINCENTE QUE FAZ COM QUE VOCÊ NO EXATO MOMENTO PERCA A NOÇÃO DO TEMPO, AFINAL NO PASSADO VOCÊ ENXERGOU UM ATALHO PARA O FUTURO.
84 GILES LIPOVETSKY, LÍ ALGUNS LIVROS DESSE CARA MEW.
Posted on 8:20 PMby Unknown with No comments
GILLES LIPOVETSKY
A sociedade da decepção. Entrevista com Gilles Lipovetsky
Na juventude, Gilles Lipovetsky militou num grupo pós-trotskista, mas nunca foi exatamente um comunista. Ele já escreveu sobre o luxo e virou consultor de grifes famosas, mas tampouco é um consumista. Redige seus livros à mão, em folhas de papel, nas mesas de hotéis, enquanto roda o mundo apresentando idéias tão acessíveis quanto polêmicas. Seu mais novo libelo se chama A sociedade da decepção (Ed. Manole), com lançamento marcado para segunda-feira 21(2007), em São Paulo.
Ele foi entrevistado por Luciano Suassuna da revista IstoÉ, 23-05-2007.
Eis a entrevista.
O que é a sociedade da decepção?
A decepção é uma experiência humana universal desde sempre. Nas sociedades antigas, ela era restrita. Primeiro porque o desejo era mais limitado, existia uma cultura da resignação, resumida na expressão “é a vida”. E, depois, havia a religião, que limitava a decepção.
E quando ocorreu essa mudança?
A sociedade moderna fez explodir o sentimento da decepção. A democracia abriu o desejo das pessoas. Ela cria frustrações porque não suporta a desigualdade. E a era hipermoderna, que vivemos hoje, acelerou mais ainda a decepção, que agora está em todos os lugares, em todos os níveis sociais.
Primordialmente onde?
Na política, por exemplo. As pessoas, em todos os países, estão sempre decepcionadas com a política. Com a globalização, não há mais a esperança revolucionária. É a era do direito do homem, e este é sempre inferior ao desejo.
Quais outras fontes de decepção?
A escola. Antes ela tinha a virtude de permitir a ascensão social. Mas hoje temos jovens muito qualificados que trabalham em coisas que não correspondem a essa qualificação – e isso gera decepção.
Mas vive-se bem melhor do que no passado.
Vive-se globalmente melhor. As pessoas podem até se declarar felizes, mas isso não significa grande coisa. Há outros indicadores como a ansiedade no trabalho e com os filhos, taxas de suicídio e casos de depressão e dependência, que mostram como a sociedade de bem-estar é uma sociedade de frustrações.
De que maneira essas frustrações estão ligadas ao consumo?
Depois dos anos 60, desenvolveu- se a idéia de que o consumismo cria a decepção porque mostra o que você não vai ter. Ou que você seria forçosamente frustrado porque, quando tem uma coisa, já sonha com outra, como se isso levasse a pessoa a uma decepção permanente.
Por que isso não é verdade?
O consumo de bens materiais não é tão produtor de decepções. Os objetos têm um valor pela novidade. Não é porque você não tem um Jaguar que o seu carro modesto não o satisfaz. Você pode gostar da sua casa, sem que ela seja um castelo.
Então qual o consumo que leva à decepção?
O consumo cultural é o que decepciona. Veja, por exemplo, a televisão. Ela é feita para ser um espetáculo, mas se você fica zapeando é porque o espetáculo não o satisfaz. O zapping é uma permanente decepção.
E no campo das relações humanas?
A decepção mais forte, mais intensa, a mais cruel é a que você tem com outras pessoas. Então se engana quem culpa o consumo pela infelicidade. O que dá frustração é a individualização do mundo, é a relação com os outros e consigo mesmo.
Vivemos então um modelo fracassado?
Evito o pessimismo. A sociedade da decepção não é a da paralisia ou da depressão. As pessoas hoje têm mais iniciativa, existem mais associações, mais artistas. É uma sociedade que relança a vida, que permite um recomeço. Hoje podemos ter múltiplas vidas.
* * *
A SEGUIR POSTAGENS DE MEMBROS DA COMUNIDADE
DO MESMO TÓPICO NO ORKUT EM JULHO/2014
Marcus V. - 13 de julho de 2014
Concordo com o campo das relações humanas.
A maior decepção do homem hodierno é perceber que se tornou uma praga para o planeta.
Um grupo com mais de 7 bilhões de membros, que cresce em proporções geométricas, enquanto os insumos para subsistência crescem em ordem aritmética.
Por isso a elite maçônica impôs o modelo socialista em escala global, para que os proprietários de bens e de serviços sintam na pele a necessidade de matar pessoas e "despopular" o mundo, nesse sentido já existem leis em progresso nos países europeus lançando mão do direito de herança e no regime jurídico do casamento, no sentido de retirar direitos individuais em prol dos direitos coletivos.
Desta forma ser filho de papai no futuro não te dá garantia de nada.
Uma vez que seu pai morra, se vc tiver morando na casa da família, vc deixa de ser herdeiro e irá pro olho da rua. A casa de seus pais será propriedade do estado, que poderá desapropriá-la ou vende-la para você como se fosse um reles inquilino morando de aluguel.
Outros direitos "inalienáveis" do homem estão em xeque, como a água potável e até mesmo o ar respirável - na frança e inglaterra os illuminatis trabalham com a finco na criação do imposto sobre o carbono - em outras palavras, para respirar, vc precisará pagar tributo.
A função de tantos tributos é escravizar o cidadão e punir os inúteis - com a morte.
Em última palavra, a elite globalista quer por em prática o extermínio global ainda antes de 2020.
O chip mondex será um importante passo nesse processo.
Através dele, poderão controlar toda atividade humana remanescente no planeta.
Todos os indivíduos serão submetidos à mesma lei e quem não se adequar será sistematicamente eliminado, para que nunca mais ocorra o estouro populacional.
Só isso pode garantir a manutenção do status quo das elites...Carrão, mansão, aviões, tudo isso demanda muita energia.
Usar corpos humanos em fornalhas pode substituir o carvão mineral, por exemplo.
Haverá muitas utilidades para esses corpos inúteis...Até borracha dá para processar com a degradação desses corpos.
A maior decepção do homem hodierno é perceber que se tornou uma praga para o planeta.
Um grupo com mais de 7 bilhões de membros, que cresce em proporções geométricas, enquanto os insumos para subsistência crescem em ordem aritmética.
Por isso a elite maçônica impôs o modelo socialista em escala global, para que os proprietários de bens e de serviços sintam na pele a necessidade de matar pessoas e "despopular" o mundo, nesse sentido já existem leis em progresso nos países europeus lançando mão do direito de herança e no regime jurídico do casamento, no sentido de retirar direitos individuais em prol dos direitos coletivos.
Desta forma ser filho de papai no futuro não te dá garantia de nada.
Uma vez que seu pai morra, se vc tiver morando na casa da família, vc deixa de ser herdeiro e irá pro olho da rua. A casa de seus pais será propriedade do estado, que poderá desapropriá-la ou vende-la para você como se fosse um reles inquilino morando de aluguel.
Outros direitos "inalienáveis" do homem estão em xeque, como a água potável e até mesmo o ar respirável - na frança e inglaterra os illuminatis trabalham com a finco na criação do imposto sobre o carbono - em outras palavras, para respirar, vc precisará pagar tributo.
A função de tantos tributos é escravizar o cidadão e punir os inúteis - com a morte.
Em última palavra, a elite globalista quer por em prática o extermínio global ainda antes de 2020.
O chip mondex será um importante passo nesse processo.
Através dele, poderão controlar toda atividade humana remanescente no planeta.
Todos os indivíduos serão submetidos à mesma lei e quem não se adequar será sistematicamente eliminado, para que nunca mais ocorra o estouro populacional.
Só isso pode garantir a manutenção do status quo das elites...Carrão, mansão, aviões, tudo isso demanda muita energia.
Usar corpos humanos em fornalhas pode substituir o carvão mineral, por exemplo.
Haverá muitas utilidades para esses corpos inúteis...Até borracha dá para processar com a degradação desses corpos.
B☼PƎⓘⓉɄИⓘƜ∩⅂⅂ⓘ - 13 de julho de 2014
QUEREMOS RESIDUO
Marcus V. - 14 de julho de 2014
Resíduo, plástico, borracha, ração para animais... é de assustar a quantidade de material possível de ser processado usando carne humana.
E sabe qual é a maior vantagem? é abundante e não corre risco de extinção.
O tal do cerumano é o animal mais abundante da terra, mais que vacas, porcos ou galinhas... E pra esse bicho não existe lei ambiental, anvisa, essas paradas...é pegar e abater, simples assim.
Ninguém se importa!
E sabe qual é a maior vantagem? é abundante e não corre risco de extinção.
O tal do cerumano é o animal mais abundante da terra, mais que vacas, porcos ou galinhas... E pra esse bicho não existe lei ambiental, anvisa, essas paradas...é pegar e abater, simples assim.
Ninguém se importa!
Marcus V. - 14 de julho de 2014
Quando eu assisto the walking dead fico vendo a zumbizada morta pelo chão, se os vivos se reunissem em cooperativas e largassem tudo aquilo em fornalhas, teriam energia elétrica e "fóssil" abundante para seus equipamentos elétricos e automotivos em geral.
Acho que o seriado ainda descambará para esse lado.
O governador foi muito idiota em não propor uma parceria de "negócios" com o xerife cabeça oca, kkkkkk.
O velho bem que tentou.
Acho que o seriado ainda descambará para esse lado.
O governador foi muito idiota em não propor uma parceria de "negócios" com o xerife cabeça oca, kkkkkk.
O velho bem que tentou.
B☼PƎⓘⓉɄИⓘƜ∩⅂⅂ⓘ - 13 de julho de 2014
DA PRA FAZER EMPADINHAS C/ SERES HUMANOS
UMA DELICIA
Marcus V. - 14 de julho de 2014
E os chineses queimando cachorro, que burrice.
Carne de chinesinho recém nascido é muito mais saborosa!
Carne de chinesinho recém nascido é muito mais saborosa!
Saturday, December 27, 2014
83 BOPINHO AGORA CONTA PRA GENTE, O QUE TE LEVOU A CRIAR ESSES SPOILERS MUITO FODAS?
Posted on 10:55 PMby Unknown with No comments
AMIGOS BASICAMENTE FOI ASSIM
BEM ANTES DE 2011 JÁ ERA INTERESSADO PELO TEMA, E POR CINEMA.
ERA CINÉFILO, ASSISTIA FESTIVAIS DE CINEMA DIRETO AQUI EM SP
E CREIO QUE FOI POR VOLTA DE 2009...
ACESSEI UMA PÁGINA MAÇÔNICA PECULIAR QUE NAO EXISTE MAIS, O NOME ERA:
LOJA MAÇÔNICA CONSTRUTORES DO 3º MILÊNIO
O LINK ERA ESSE: http://arls3milenio.org/Filmes-que-falam-da-Ma%C3%A7onaria.php
AINDA DA PRA VER O ESQUELETO DE COMO ERA A PÁGINA,
ATRAVÉS DA PÁGINA CHAMADA "WEB ARCHIVE" (ELES GUARDAM (OU GUARDAVAM) TODAS AS PÁGINAS DA WEB)
https://web.archive.org/web/20091223185841/http://www.arls3milenio.org/Fotos--and--Eventos.php?pageType=folder&currDir=./Fotos_Antigas
REPAREM QUE ESTÁ SEM A MAIORIA DAS IMAGENS E O LAYOUT ESTÁ BEM CAÓTICO, PORQUE O BANCO DE DADOS NÃO EXISTE MAIS, PORTANTO A LINGUAGEM JAVA NÃO CONSEGUE ORGANIZAR EXATAMENTE COMO ERA A PÁGINA ORIGINAL.
AGORA REPAREM NA SETA:
A SETA INDICA UM LINK, EXATAMENTE ONDE NA ÉPOCA BATÍ A TESTA E PIREI TOTALMENTE KKKKKKKKKKKKKK
POIS ESSA PÁGINA INTERNA CHAMADA "VÍDEOS" POSSUÍA UMA LISTA DE FILMES ATÉ QUE MODESTA,
POR VOLTA DE 20 FILMES FAMOSOS, ONDE A MAÇONARIA ERA LEMBRADA COM DESTAQUE,
FAZIAM UMA RESENHAZINHA BEM CURTA DE 4 LINHAS SOBRE O FILME.
PORTANTO ERA UMA ESPÉCIE DE "GUIA" DE FILMES QUE TODO BOM MAÇOM DEVERIA ASSISTIR SEM FALTA!!!!
OS FILMES ERAM "ANTIGOS" TIPO "CAÇADORES DA ARCA-PERDIDA" MAS LEMBRO BEM QUE DESTACAVAM "A LENDA DO TESOURO PERDIDO" COM O NOSSO AMIGUINHO ILLUMINATI NICOLAS CAGE:
CONCLUSÃO:
PENSEI:
POHA SE UMA LOJA MAÇÔNICA TEM UMA LISTA DE FILMES ILLUMINATI PARA OS MEMBROS ASSISTIREM..
...ENTÃO AS NOSSAS SUSPEITAS ESTAVAM CORRETAS, PRA MIM NÃO RESTAVA MAIS DÚVIDA ALGUMA, ESSES FILMES TODOS QUE SUSPEITÁVAMOS ERAM ENCOMENDADOS PELOS ILLUMINATI PARA CATEQUISAR O GADO, MINANDO O INCONSCIENTE DELES COM O INTUITO DE CONSTRUIR E EMANCIPAR O TAL INCONSCIENTE COLETIVO EM TORNO DA MAÇONARIA!
OUTRA COISA QUE PRECISA SER DITA É QUE NENHUM CRÍTICO DE CINEMA POSSUI EMBASAMENTO PARA FAZER UM SPOILER , REPAREM QUE ELES APENAS SE LIMITAM A FOFOCAS SOBRE ATORES, ATRIZES, O DIRETOR, AS LOCAÇÕES, OS FIGURINOS, QUE SÃO REALMENTE APENAS DETALHES!!! SOBRE A MENSAGEM DO FILME ELES SAO TOTALMENTE VAZIOS PRA NAO DIZER BURROS.
LER UMA CRÍTICA DE FILME NESSAS PÁGINAS, LIVROS, JORNAIS E REVISTAS, É UM MARTÍRIO!!!!!
OUTRO DIA FOLHEEI NA LIVRARIA UMA FILMOGRAFIA SOBRE KUBRICK... LIXO TOTAL!!!! NÃO COMENTAM NADA SOBRE O TEMA MAÇÔNICO PRESENTE EM QUASE TOTALIDADE DE SEUS FILMES, PRINCIPALMENTE NO CAPÍTULO SOBRE O FILME "DE OLHOS BEM FECHADOS", ABSOLUTAMENTE NADA, NADA, NADA KKKKKKKKKKKKKKKKKKK
PORQUE NÃO EXPÕEM O MOTIVO REAL DE TEREM GASTOS MILHÕES DE DÓLARES (OUTRA MENTIRA, OS NÚMEROS SÃO SUPERFATURADOS SÓ PARA IMPRESSIONAR O GADO).
AINDA MAIS AQUI NO BRASIL, ALGUÉM PRECISA MASTIGAR OS FILMES E MOSTRAR PARA OS MORTAIS, O PORQUÊ DOS ILLUMINATI BANCAREM O FILME MUITAS VEZES COM FINAIS FELIZES IDIOTAS... O POVO SAÍA DO CINEMA SATISFEITO COM O FINAL FELIZ MAS NA VERDADE SOFREU UMA LAVAGENZINHA CEREBRAL DE BRINDE!!!!!!!!
CLARO QUE HOJE
TUDO ISSO É ÓBVIO DEMAIS!!!!
MAS NA ÉPOCA NÃO ERA!!!!
EU ERA VIRGEM NO ASSUNTO KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
AE CRIEI A COMUNIDADE NO ORKUT PARA MOSTRAR COMO ESSES FILMES, VIDEOCLIPES, USAVAM E ABUSAVAM DE ASSOCIAÇÕES À MAÇONARIA.
EDIT: FOI ANTES DE 2011, EU POSTAVA ESSES SPOILERS NA COMUNIDADE BRASIL (DO ORKUT), SÓ QUE O DONO DA COMUNIDADE BRIGOU COMIGO E DELETOU TODAS AS MINHAS MENSAGENS E TÓPICOS, AÍ TIVE QUE CRIAR UMA COMUNIDADE EM 2011 E POSTAR NOVAMENTE MEUS SPOILERS.
AE O BOPINHO NÃO PAROU MAIS E VIROU UM SUCESSO MUNDIAL!!!!
VEJAM ESSE EXEMPLO NO CLIPE DO CHEMICAL BROTHERS...
A CENA DURA UM SEGUNDO, O OLHO QUE TUDO VÊ ESTÁ NA CAMISETA NO VARAL AO LADO DE OUTRA CAMISETA DO CHE!
OBS: BOPELOCO.COM.BR NAO EXISTE, CRIEI NA ÉPOCA SÓ COMO PARÓDIA DO KIBELOCO.COM.BR
ASSISTAM O VIDEOCLIPE E VEJAM (0:22)
HOJE EM DIA OS NOSSOS OLHOS ESTÃO "BEM TREINADOS" ...
PORÉM PARA A MAIORIA DO GADO PASSA BATIDO SIM!!!!
ASSIM COMO EU JA TINHA ASSISTIDO O VIDEO MAS NUNCA IMAGINAVA QUE O OLHO NA CAMISETA ERA O OLHO-QUE-TUDO-VÊ
UM DOS MEUS MELHORES SPOILERS FOI DO FILME "OS AGENTES DO DESTINO"
http://orkut.google.com/c103190481-t602432cc5cd094fa.html
TRAREI PRA CÁ EM BREVE, AGUARDEM!!!!!!
AO TRAZER PRA CÁ PROVAVELMENTE TEREI NOVAS DESCOBERTAS OU DESCARTAREI POSSÍVEIS "EXAGEROS", MAS COM CERTEZA SERÁ SENSACIONAL!!!!!
UM OUTRO SPOILER QUE ESTOU PRA TRAZER LOGO É O DO FILME "AS COISAS IMPOSSÍVEIS DO AMOR" C/ NATALIE PORTMAN POR VC JAMAIS IMAGINAR QUE UM FILME DESSES TENHA CONTEÚDO ILLUMINATI!!!
82 OLOKO MEW MINI-ME KOREA CHAMA OBAMA DE MACACO
Posted on 11:45 AMby Unknown with No comments
81 BOPINHO QUEREMOS MAIS MATÉRIAS ESPETACULARES MEW
Posted on 8:58 AMby Unknown with No comments
Thursday, December 25, 2014
80 "A ENTREVISTA" (THE INTERVIEW) DISPONÍVEL NO GOOGLE PLAY E YOUTUBE MOVIES (USA +CAN)
Posted on 3:03 PMby Unknown with No comments
Tuesday, December 23, 2014
79 SONY LIGA PRA OBAMA E LIBERA EXIBIÇÃO DO FILME "A ENTREVISTA" (THE INTERVIEW) EM SALAS SELECIONADAS
Posted on 5:43 PMby Unknown with No comments
EXTRA!!!! EXTRA!!!!
SONY ANUNCIA QUE EXIBIRÁ O FILME DURANTE O NATAL EM SALAS DE CINEMA "SELECIONADAS" PODEM PREPARAR PIPOCAS E MUITAS AMBULANCIAS KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK BOPINHO VIROU ILLUMINATI E QUER VER SANGUE
HOLLYWOOD/CIA SABE O QUE ESTÁ FAZENDO, PRA ZOAR O MINI-ME COREANO E ARCAR COM AS CONSEQUÊNCIAS...
PORQUE O GADO AINDA PENSA QUE HOLLYWOOD E CIA SÃO ÓRGÃOS DISTINTOS, TADINHOS...
VOCES ESTAO ZOANDO O MINI-ME KOREA...
DEIXARAM O MULEK SEM INTERNET...
AGORA ELE VIRA ZOAÇAO NO PLANETA INTEIRO NO DIA DO NATAL...
BIXU VAI PEGA....
VAI SOBRAR PRA KOREA DO SUL OU JAPÃO, ALVOS FÁCEIS DO MINI-ME...
AMIGOS ISSO ESTA MESMO C/ CARA DE TEATRINHO DO OBAMA PRA ZOAR O MULEK NESTE NATAL EM DOBRO
AGORA FICAMOS NO AGUARDO DE UM "CEREAL" KILLER PROGRAMADO PELA CIA DETONAR UMA SALA DE CINEMA
Saturday, December 20, 2014
78 HACKING DA SONY FOI INSIDE JOB P/ NÃO EXIBIR O FILME "A ENTREVISTA" ("THE INTERVIEW") E IMPEDIR ALGUMA AMEAÇA NORTE-COREANA? (EDIT)
Posted on 7:03 PMby Unknown with No comments
ESSE ATOR À ESQUERDA É JAMES FRANCO, CONHECIDO DE QUEM PARTICIPAVA DA NOSSA COMUNIDADE NO ORKUT, ELE É "O ILLUMINATI PUPPET DA VEZ", O NOVO QUERIDINHO DE HOLLYWOOD, PODEM TER CERTEZA QUE TODOS OS FILMES DELE SAO ILLUMINOSOS.
ELE É UM ATOR/ARTISTA/VOCAL DE BANDA ALTERNATIVA QUE ANDA FAZENDO CLIPES SATANISTAS, AINDA TRAGO PRA CÁ O TÓPICO NO ORKUT ONDE MOSTREI ISTO.
O HACKING DE ARQUIVOS DA SONY REVELOU POR EXEMPLO QUE ELE RECEBEU 6,5 MILHÕES DE DÓLARES PELO FILME, OU QUE O ORÇAMENTO TOTAL DESSE FILME FOI DE 44 MILHÕES.
REVELARAM VALORES DE SALÁRIOS DE DIRETORES DA SONY, ESSAS FOFOCAS BÁSICAS DO SHOW BIZ.
* * *
O FATO É QUE A CORÉIA DO NORTE FOI ACUSADA POR OBAMA/FBI PORÉM NA MINHA OPINIÃO TEM ALGO ESTRANHO NESSA ESTÓRIA SIM. A CORÉIA-DO-NORTE SOZINHA NÃO TERIA CONDIÇÕES DE FAZER ALGO DESSE PORTE, SÓ SE FOI AJUDADA POR OUTROS PAÍSES INIMIGOS.
E OUTRA, SE O GOVERNO MANDASSE NAO EXIBIR O FILME O POVO FICARIA PUTO COM O GOVERNO
ENTÃO ARRUMARAM UMA ESTORINHA PRA DIZER "FORAM ELES, FORAM ELES"
E OUTRA, SE O GOVERNO MANDASSE NAO EXIBIR O FILME O POVO FICARIA PUTO COM O GOVERNO
ENTÃO ARRUMARAM UMA ESTORINHA PRA DIZER "FORAM ELES, FORAM ELES"
E NESSE CALOR MEU CÉREBRO NÃO ESTÁ FUNCIONANDO DIREITO MEW VAMOS AGUARDAR MAIS DETALHES DA NOTÍCIA.
OBAMA DIZ QUE A SONY ERROU AO NÃO LIBERAR O FILME, ÓBVIO ISSO FAZ PARTE DA ARMAÇÃO, DESTA FEITA PELO TRATO C/ A SONY, ELE OU O GOVERNO NAO PRECISAM "CENSURAR" UM FILME PARA EVITAR UM ATO TERRORISTA, PORQUE AMERICANO É ZICA QUANDO SE FALA EM CENSURA. E DAQUI EM DIANTE QUALQUER BOMBINHA (INSTALADA PELA CIA) SERÁ CULPA DOS NORTE-COREANOS.
Friday, December 19, 2014
77 NA BOA MEW NATAL É UMA MERDA MAS ALGUMAS COISAS SÃO LEGAIS (SERÁ?)
Posted on 11:04 AMby Unknown with No comments
OLHA QUE CARTAO ANIMADO LOKO:
Unveiling_the_Birdbox_Christmas_card by shiperativo
AQUELE PERU DE NATAL DELICIOSO MEW
... FORA COMIDA ACHO QUE NAO TEM MAIS POHA NENHUMA DE LEGAL KKKKKKKK
LEGAL TALVEZ DEIXAR O GADO SE MATANDO NESSAS ESTRADAS LOTADAS KKKKKKKKKKKK
NEM TEM MAIS URSO DA COCA-COLA VAO TODOS SIFUDER MEWWWWWWWW
TOMA NO CU PAPAI NOEL DA POHA
Thursday, December 18, 2014
76 VOVÔ DISTÓPICO INGLÊS DIZ QUE FIM DO MUNDO SERÁ DIFÍCIL MAS EMOCIONANTE
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REVISTA ROLLING STONE
Edição 14 - Novembro de 2007
Aquecimento global é inevitável e 6 bi morrerão, diz cientista
James Lovelock, renomado cientista, diz que o aquecimento global é irreversível - e que mais de 6 bilhões de pessoas vão morrer neste século
por POR JEFF GOODELL
Aos 88 anos, depois de quatro filhos e uma carreira longa e respeitada como um dos cientistas mais influentes do século 20, James Lovelock chegou a uma conclusão desconcertante: a raça humana está condenada. "Gostaria de ser mais esperançoso", ele me diz em uma manhã ensolarada enquanto caminhamos em um parque em Oslo (Noruega), onde o estudioso fará uma palestra em uma universidade. Lovelock é baixinho, invariavelmente educado, com cabelo branco e óculos redondos que lhe dão ares de coruja. Seus passos são gingados; sua mente, vívida; seus modos, tudo menos pessimistas. Aliás, a chegada dos Quatro Cavaleiros do Apocalipse - guerra, fome, pestilência e morte - parece deixá-lo animado. "Será uma época sombria", reconhece. "Mas, para quem sobreviver, desconfio que vá ser bem emocionante."
Na visão de Lovelock, até 2020, secas e outros extremos climáticos serão lugar-comum. Até 2040, o Saara vai invadir a Europa, e Berlim será tão quente quanto Bagdá. Atlanta acabará se transformando em uma selva de trepadeiras kudzu. Phoenix se tornará um lugar inabitável, assim como partes de Beijing (deserto), Miami (elevação do nível do mar) e Londres (enchentes). A falta de alimentos fará com que milhões de pessoas se dirijam para o norte, elevando as tensões políticas. "Os chineses não terão para onde ir além da Sibéria", sentencia Lovelock. "O que os russos vão achar disso? Sinto que uma guerra entre a Rússia e a China seja inevitável." Com as dificuldades de sobrevivência e as migrações em massa, virão as epidemias. Até 2100, a população da Terra encolherá dos atuais 6,6 bilhões de habitantes para cerca de 500 milhões, sendo que a maior parte dos sobreviventes habitará altas latitudes - Canadá, Islândia, Escandinávia, Bacia Ártica.
Até o final do século, segundo o cientista, o aquecimento global fará com que zonas de temperatura como a América do Norte e a Europa se aqueçam quase 8 graus Celsius - quase o dobro das previsões mais prováveis do relatório mais recente do Painel Intergovernamental sobre a Mudança Climática, a organização sancionada pela ONU que inclui os principais cientistas do mundo. "Nosso futuro", Lovelock escreveu, "é como o dos passageiros em um barquinho de passeio navegando tranqüilamente sobre as cataratas do Niagara, sem saber que os motores em breve sofrerão pane". E trocar as lâmpadas de casa por aquelas que economizam energia não vai nos salvar. Para Lovelock, diminuir a poluição dos gases responsáveis pelo efeito estufa não vai fazer muita diferença a esta altura, e boa parte do que é considerado desenvolvimento sustentável não passa de um truque para tirar proveito do desastre. "Verde", ele me diz, só meio de piada, "é a cor do mofo e da corrupção."
Se tais previsões saíssem da boca de qualquer outra pessoa, daria para rir delas como se fossem devaneios. Mas não é tão fácil assim descartar as idéias de Lovelock. Na posição de inventor, ele criou um aparelho que ajudou a detectar o buraco crescente na camada de ozônio e que deu início ao movimento ambientalista da década de 1970. E, na posição de cientista, apresentou a teoria revolucionária conhecida como Gaia - a idéia de que nosso planeta é um superorganismo que, de certa maneira, está "vivo". Essa visão hoje serve como base a praticamente toda a ciência climática. Lynn Margulis, bióloga pioneira na Universidade de Massachusetts (Estados Unidos), diz que ele é "uma das mentes científicas mais inovadoras e rebeldes da atualidade". Richard Branson, empresário britânico, afirma que Lovelock o inspirou a gastar bilhões de dólares para lutar contra o aquecimento global. "Jim é um cientista brilhante que já esteve certo a respeito de muitas coisas no passado", diz Branson. E completa: "Se ele se sente pessimista a respeito do futuro, é importante para a humanidade prestar atenção."
Lovelock sabe que prever o fim da civilização não é uma ciência exata. "Posso estar errado a respeito de tudo isso", ele admite. "O problema é que todos os cientistas bem intencionados que argumentam que não estamos sujeitos a nenhum perigo iminente baseiam suas previsões em modelos de computador. Eu me baseio no que realmente está acontecendo."
Quando você se aproxima da casa de Lovelock em Devon, uma área rural no sudoeste da Inglaterra, a placa no portão de metal diz, claramente: "Estação Experimental de Coombe Mill. Local de um novo hábitat. Por favor, não entre nem incomode".
Depois de percorrer algumas centenas de metros em uma alameda estreita, ao lado de um moinho antigo, fica uma casinha branca com telhado de ardósia onde Lovelock mora com a segunda mulher, Sandy, uma norte-americana, e seu filho mais novo, John, de 51 anos e que tem incapacidade leve. É um cenário digno de conto de fadas, cercado de 14 hectares de bosques, sem hortas nem jardins com planejamento paisagístico. Parcialmente escondida no bosque fica uma estátua em tamanho natural de Gaia, a deusa grega da Terra, em homenagem à qual James Lovelock batizou sua teoria inovadora.
A maior parte dos cientistas trabalha às margens do conhecimento humano, adicionando, aos poucos, nova informações para a nossa compreensão do mundo. Lovelock é um dos poucos cujas idéias fomentaram, além da revolução científica, também a espiritual. "Os futuros historiadores da ciência considerarão Lovelock como o homem que inspirou uma mudança digna de Copérnico na maneira como nos enxergamos no mundo", prevê Tim Lenton, pesquisador de clima na Universidade de East Anglia, na Inglaterra. Antes de Lovelock aparecer, a Terra era considerada pouco mais do que um pedaço de pedra aconchegante que dava voltas em torno do Sol. De acordo com a sabedoria em voga, a vida evoluiu aqui porque as condições eram adequadas: não muito quente nem muito frio, muita água. De algum modo, as bactérias se transformaram em organismos multicelulares, os peixes saíram do mar e, pouco tempo depois, surgiu Britney Spears.
Na década de 1970, Lovelock virou essa idéia de cabeça para baixo com uma simples pergunta: Por que a Terra é diferente de Marte e de Vênus, onde a atmosfera é tóxica para a vida? Em um arroubo de inspiração, ele compreendeu que nossa atmosfera não foi criada por eventos geológicos aleatórios, mas sim devido à efusão de tudo que já respirou, cresceu e apodreceu. Nosso ar "não é meramente um produto biológico", James Lovelock escreveu. "É mais provável que seja uma construção biológica: uma extensão de um sistema vivo feito para manter um ambiente específico." De acordo com a teoria de Gaia, a vida é participante ativa que ajuda a criar exatamente as condições que a sustentam. É uma bela idéia: a vida que sustenta a vida. Também estava bem em sintonia com o tom pós-hippie dos anos 70. Lovelock foi rapidamente adotado como guru espiritual, o homem que matou Deus e colocou o planeta no centro da experiência religiosa da Nova Era. O maior erro de sua carreira, aliás, não foi afirmar que o céu estava caindo, mas deixar de perceber que estava. Em 1973, depois de ser o primeiro a descobrir que os clorofluocarbonetos (CFCs), um produto químico industrial, tinham poluído a atmosfera, Lovelock declarou que a acumulação de CFCs "não apresentava perigo concebível". De fato, os CFCs não eram tóxicos para a respiração, mas estavam abrindo um buraco na camada de ozônio. Lovelock rapidamente revisou sua opinião, chamando aquilo de "uma das minhas maiores bolas fora", mas o erro pode ter lhe custado um prêmio Nobel.
No início, ele também não considerou o aquecimento global como uma ameaça urgente ao planeta. "Gaia é uma vagabunda durona", ele explica com freqüência, tomando emprestada uma frase cunhada por um colega. Mas, há alguns anos, preocupado com o derretimento acelerado do gelo no Ártico e com outras mudanças relacionadas ao clima, ele se convenceu de que o sistema de piloto automático de Gaia está seriamente desregulado, tirado dos trilhos pela poluição e pelo desmatamento. Lovelock acredita que o planeta vai recuperar seu equilíbrio sozinho, mesmo que demore milhões de anos. Mas o que realmente está em risco é a civilização. "É bem possível considerar seriamente as mudanças climáticas como uma resposta do sistema que tem como objetivo se livrar de uma espécie irritante: nós, os seres humanos", Lovelock me diz no pequeno escritório que montou em sua casa. "Ou pelo menos fazer com que diminua de tamanho."
Se você digitar "gaia" e "religion" no Google, vai obter 2,36 milhões de páginas - praticantes de wicca, viajantes espirituais, massagistas e curandeiros sexuais, todos inspirados pela visão de Lovelock a respeito do planeta. Mas se você perguntar a ele sobre cultos pagãos, ele responde com uma careta: não tem interesse na espiritualidade desmiolada nem na religião organizada, principalmente quando coloca a existência humana acima de tudo o mais. Em Oxford, certa vez ele se levantou e repreendeu Madre Teresa por pedir à platéia que cuidasse dos pobres e "deixasse que Deus tomasse conta da Terra". Como Lovelock explicou a ela, "se nós, as pessoas, não respeitarmos a Terra e não tomarmos conta dela, podemos ter certeza de que ela, no papel de Gaia, vai tomar conta de nós e, se necessário for, vai nos eliminar".
Gaia oferece uma visão cheia de esperança a respeito de como o mundo funciona. Afinal de contas, se a Terra é mais do que uma simples pedra que gira ao redor do sol, se é um superorganismo que pode evoluir, isso significa que existe certa quantidade de perdão embutida em nosso mundo - e essa é uma conclusão que vai irritar profundamente estudiosos de biologia e neodarwinistas de absolutamente todas as origens.
Para Lovelock, essa é uma idéia reconfortante. Considere a pequena propriedade que ele tem em Devon. Quando ele comprou o terreno, há 30 anos, era rodeada por campos aparados por mil anos de ovelhas pastando. E ele se empenhou em devolver a seus 14 hectares um caráter mais próximo do natural. Depois de consultar um engenheiro florestal, plantou 20 mil árvores - amieiros, carvalhos, pinheiros. Infelizmente, plantou muitas delas próximas demais, e em fileiras. Agora, as árvores estão com cerca de 12 metros de altura, mas em vez de ter ar "natural", partes do terreno dele parecem simplesmente um projeto de reflorestamento mal executado. "Meti os pés pelas mãos", Lovelock diz com um sorriso enquanto caminhamos no bosque. "Mas, com o passar dos anos, Gaia vai dar um jeito."
Até pouco tempo atrás, Lovelock achava que o aquecimento global seria como sua floresta meia-boca - algo que o planeta seria capaz de corrigir. Então, em 2004, Richard Betts, amigo de Lovelock e pesquisador no Centro Hadley para as Mudanças Climáticas - o principal instituto climático da Inglaterra -, convidou-o para dar uma passada lá e bater um papo com os cientistas. Lovelock fez reunião atrás de reunião, ouvindo os dados mais recentes a respeito do gelo derretido nos pólos, das florestas tropicais cada vez menores, do ciclo de carbono nos oceanos. "Foi apavorante", conta.
"Mostraram para nós cinco cenas separadas de respostas positivas em climas regionais - polar, glacial, floresta boreal, floresta tropical e oceanos -, mas parecia que ninguém estava trabalhando nas conseqüências relativas ao planeta como um todo." Segundo ele, o tom usado pelos cientistas para falar das mudanças que testemunharam foi igualmente de arrepiar: "Parecia que estavam discutindo algum planeta distante ou um universo-modelo, em vez do lugar em que todos nós, a humanidade, vivemos".
Quando Lovelock estava voltando para casa em seu carro naquela noite, a compreensão lhe veio. A capacidade de adaptação do sistema se perdera. O perdão fora exaurido. "O sistema todo", concluiu, "está em modo de falha." Algumas semanas depois, ele começou a trabalhar em seu livro mais pessimista, A Vingança de Gaia, publicado no Brasil em 2006. Na sua visão, as falhas nos modelos climáticos computadorizados são dolorosamente aparentes. Tome como exemplo a incerteza relativa à projeção do nível do mar: o IPCC, o painel da ONU sobre mudanças climáticas, estima que o aquecimento global vá fazer com que a temperatura média da Terra aumente até 6,4 graus Celsius até 2100. Isso fará com que geleiras em terra firme derretam e que o mar se expanda, dando lugar à elevação máxima do nível de mar de apenas pouco menos de 60 centímetros. A Groenlândia, de acordo com os modelos do IPCC, demorará mil anos para derreter.
Mas evidências do mundo real sugerem que as estimativas do IPCC são conservadoras demais. Para começo de conversa, os cientistas sabem, devido aos registros geológicos, que há 3 milhões de anos, quando as temperaturas subiram cinco graus acima dos níveis atuais, os mares subiram não 60 centímetros, mas 24 metros. Além do mais, medidas feitas por satélite recentemente indicam que o Ártico está derretendo com tanta rapidez que a região pode ficar totalmente sem gelo até 2030. "Quem elabora os modelos não tem a menor noção sobre derretimento de placas de gelo", desdenha o estudioso, sem sorrir.
Mas não é apenas o gelo que invalida os modelos climáticos. Sabe-se que é difícil prever corretamente a física das nuvens, e fatores da biosfera, como o desmatamento e o derretimento da Tundra, raramente são levados em conta. "Os modelos de computador não são bolas de cristal", argumenta Ken Caldeira, que elabora modelos climáticos na Universidade de Stanford, cuja carreira foi profundamente influenciada pelas idéias de Lovelock. "Ao observar o passado, fazemos estimativas bem informadas em relação ao futuro. Os modelos de computador são apenas uma maneira de codificar esse conhecimento acumulado em apostas automatizadas e bem informadas."
Aqui, em sua essência supersimplificada, está o cenário pessimista de Lovelock: o aumento da temperatura significa que mais gelo derreterá nos pólos, e isso significa mais água e terra. Isso, por sua vez, faz aumentar o calor (o gelo reflete o sol, a terra e a água o absorvem), fazendo com que mais gelo derreta. O nível do mar sobe. Mais calor faz com que a intensidade das chuvas aumente em alguns lugares e com que as secas se intensifiquem em outros. As florestas tropicais amazônicas e as grandes florestas boreais do norte - o cinturão de pinheiros e píceas que cobre o Alasca, o Canadá e a Sibéria - passarão por um estirão de crescimento, depois murcharão até desaparecer. O solo permanentemente congelado das latitudes do norte derrete, liberando metano, um gás que contribui para o efeito estufa e que é 20 vezes mais potente do que o CO2... e assim por diante. Em um mundo de Gaia funcional, essas respostas positivas seriam moduladas por respostas negativas, sendo que a maior de todas é a capacidade da Terra de irradiar calor para o espaço. Mas, a certa altura, o sistema de regulagem pára de funcionar e o clima dá um salto - como já aconteceu muitas vezes no passado - para uma nova situação, mais quente. Não é o fim do mundo, mas certamente é o fim do mundo como o conhecemos.
O cenário pessimista de Lovelock é desprezado por pesquisadores de clima de renome, sendo que a maior parte deles rejeita a idéia de que haja um único ponto de desequilíbrio para o planeta inteiro. "Ecossistemas individuais podem falhar ou as placas de gelo podem entrar em colapso", esclarece Caldeira, "mas o sistema mais amplo parece ser surpreendentemente adaptável." No entanto, vamos partir do princípio, por enquanto, de que Lovelock esteja certo e que de fato estejamos navegando por cima das cataratas do Niagara. Simplesmente vamos acenar antes de cair? Na visão de Lovelock, reduções modestas de emissões de gases que contribuem para o efeito estufa não vão nos ajudar - já é tarde demais para deter o aquecimento global trocando jipões a diesel por carrinhos híbridos. E a idéia de capturar a poluição de dióxido de carbono criada pelas usinas a carvão e bombear para o subsolo? "Não há como enterrar quantidade suficiente para fazer diferença." Biocombustíveis? "Uma idéia monumentalmente idiota." Renováveis? "Bacana, mas não vão nem fazer cócegas." Para Lovelock, a idéia toda do desenvolvimento sustentável é equivocada: "Deveríamos estar pensando em retirada sustentável".
A retirada, na visão dele, significa que está na hora de começar a discutir a mudança do lugar onde vivemos e de onde tiramos nossos alimentos; a fazer planos para a migração de milhões de pessoas de regiões de baixa altitude, como Bangladesh, para a Europa; a admitir que Nova Orleans já era e mudar as pessoas para cidades mais bem posicionadas para o futuro. E o mais importante de tudo é que absolutamente todo mundo "deve fazer o máximo que pode para sustentar a civilização, de modo que ela não degenere para a Idade das Trevas, com senhores guerreiros mandando em tudo, o que é um perigo real. Assim, podemos vir a perder tudo".
Até os amigos de Lovelock se retraem quando ele fala assim. "Acho que ele está deixando nossa cota de desespero no negativo", diz Chris Rapley, chefe do Museu de Ciência de Londres, que se empenhou com afinco para despertar a consciência mundial sobre o aquecimento global. Outros têm a preocupação justificada de que as opiniões de Lovelock sirvam para dispersar o momento de concentração de vontade política para impor restrições pesadas às emissões de gases poluentes que contribuem para o efeito estufa. Broecker, o paleoclimatologista de Columbia, classifica a crença de Lovelock de que reduzir a poluição é inútil como "uma bobagem perigosa".
"Eu gostaria de poder dizer que turbinas de vento e painéis solares vão nos salvar", Lovelock responde. "Mas não posso. Não existe nenhum tipo de solução possível. Hoje, há quase 7 bilhões de pessoas no planeta, isso sem falar nos animais. Se pegarmos apenas o CO2 de tudo que respira, já é 25% do total - quatro vezes mais CO2 do que todas as companhias aéreas do mundo. Então, se você quer diminuir suas emissões, é só parar de respirar. É apavorante. Simplesmente ultrapassamos todos os limites razoáveis em números. E, do ponto de vista puramente biológico, qualquer espécie que faz isso tem que entrar em colapso."
Mas isso não é sugerir, no entanto, que Lovelock acredita que deveríamos ficar tocando harpa enquanto assistimos o mundo queimar. É bem o contrário. "Precisamos tomar ações ousadas", ele insiste. "Temos uma quantidade enorme de coisas a fazer." De acordo com a visão dele, temos duas escolhas: podemos retornar a um estilo de vida mais primitivo e viver em equilíbrio com o planeta como caçadores-coletores ou podemos nos isolar em uma civilização muito sofisticada, de altíssima tecnologia. "Não há dúvida sobre que caminho eu preferiria", diz certa manhã, em sua casa, com um sorriso aberto no rosto enquanto digita em seu computador. "Realmente, é uma questão de como organizamos a sociedade - onde vamos conseguir nossa comida, nossa água. Como vamos gerar energia."
Em relação à água, a resposta é bem direta: usinas de dessalinização, que são capazes de transformar água do mar em água potável. O suprimento de alimentos é mais difícil: o calor e a seca vão acabar com a maior parte das regiões de plantações de alimentos hoje existentes. Também vão empurrar as pessoas para o norte, onde vão se aglomerar em cidades. Nessas áreas, não haverá lugar para quintais ajardinados. Como resultado, Lovelock acredita, precisaremos sintetizar comida - teremos que criar alimentos em barris com culturas de tecidos de carnes e vegetais. Isso parece muito exagerado e profundamente desagradável, mas, do ponto de vista tecnológico, não será difícil de realizar.
O fornecimento contínuo de eletricidade também será vital, segundo ele. Cinco dias depois de visitar o centro Hadley, Lovelock escreveu um artigo opinativo polêmico, intitulado: "Energia nuclear é a única solução verde". Lovelock argumentava que "devemos usar o pequeno resultado dos renováveis com sensatez", mas que "não temos tempo para fazer experimentos com essas fontes de energia visionárias; a civilização está em perigo iminente e precisa usar a energia nuclear - a fonte de energia mais segura disponível - agora ou sofrer a dor que em breve será infligida a nosso planeta tão ressentido".
Ambientalistas urraram em protesto, mas qualquer pessoa que conhecia o passado de Lovelock não se surpreendeu com sua defesa à energia nuclear. Aos 14 anos, ao ler que a energia do sol vem de uma reação nuclear, ele passou a acreditar que a energia nuclear é uma das forças fundamentais no universo. Por que não aproveitá-la? No que diz respeito aos perigos - lixo radioativo, vulnerabilidade ao terrorismo, desastres como o de Chernobyl - Lovelock diz que este é dos males o menos pior: "Mesmo que eles tenham razão a respeito dos perigos, e não têm, continua não sendo nada na comparação com as mudanças climáticas".
Como último recurso, para manter o planeta pelo menos marginalmente habitável, Lovelock acredita que os seres humanos podem ser forçados a manipular o clima terrestre com a construção de protetores solares no espaço ou instalando equipamentos para enviar enormes quantidades de CO2 para fora da atmosfera. Mas ele considera a geoengenharia em larga escala como um ato de arrogância - "Imagino que seria mais fácil um bode se transformar em um bom jardineiro do que os seres humanos passarem a ser guardiões da Terra". Na verdade, foi Lovelock que inspirou seu amigo Richard Branson a oferecer um prêmio de US$ 25 milhões para o "Virgin Earth Challenge" (Desafio Virgin da Terra), que será concedido à primeira pessoa que conseguir criar um método comercialmente viável de remover os gases responsáveis pelo efeito estufa da atmosfera. Lovelock é juiz do concurso, por isso não pode participar dele, mas ficou intrigado com o desafio. Sua mais recente idéia: suspender centenas de milhares de canos verticais de 18 metros de comprimento nos oceanos tropicais, colocar uma válvula na base de cada cano e permitir que a água das profundezas, rica em nutrientes, seja bombeada para a superfície pela ação das ondas. Os nutrientes das águas das profundezas aumentariam a proliferação das algas, que consumiriam o dióxido de carbono e ajudariam a resfriar o planeta. "É uma maneira de contrabalançar o sistema de energia natural da Terra usando ele próprio", Lovelock especula. "Acho que Gaia aprovaria."
Oslo é o tipo perfeito de cidade para Lovelock. Fica em latitudes do norte, que ficarão mais temperadas na medida em que o clima for esquentando; tem água aos montes; graças a suas reservas de petróleo e gás, é rica; e lá já há muito pensamento criativo relativo à energia, incluindo, para a satisfação de Lovelock, discussões renovadas a respeito da energia nuclear. "A questão principal a ser discutida aqui é como manejar as hordas de pessoas que chegarão à cidade", Lovelock avisa. "Nas próximas décadas, metade da população do sul da Europa vai tentar se mudar para cá."
Nós nos dirigimos para perto da água, passando pelo castelo de Akershus, uma fortaleza imponente do século 13 que funcionou como quartel-general nazista durante a ocupação da cidade na Segunda Guerra Mundial. Para Lovelock, os paralelos entre o que o mundo enfrentou naquela época e o que enfrenta hoje são bem claros. "Em certos aspectos, é como se estivéssemos de novo em 1939", ele afirma. "A ameaça é óbvia, mas não conseguimos nos dar conta do que está em jogo. Ainda estamos falando de conciliação."
Naquele tempo, como hoje, o que mais choca Lovelock é a ausência de liderança política. Apesar de respeitar as iniciativas de Al Gore para conscientizar as pessoas, não acredita que nenhum político tenha chegado perto de nos preparar para o que vem por aí. "Em muito pouco tempo, estaremos vivendo em um mundo desesperador, comenta Lovelock. Ele acredita que está mais do que na hora para uma versão "aquecimento global" do famoso discurso que Winston Churchill fez para preparar a Grã-Bretanha para a Segunda Guerra Mundial: "Não tenho nada a oferecer além de sangue, trabalho, lágrimas e suor". "As pessoas estão prontas para isso", Lovelock dispara quando passamos sob a sombra do castelo. "A população entende o que está acontecendo muito melhor do que a maior parte dos políticos."
Independentemente do que o futuro trouxer, é provável que Lovelock não esteja por aí para ver. "O meu objetivo é viver uma vida retangular: longa, forte e firme, com uma queda rápida no final", sentencia. Lovelock não apresenta sinais de estar se aproximando de seu ponto de queda. Apesar de já ter passado por 40 operações, incluindo ponte de safena, continua viajando de um lado para o outro no interior inglês em seu Honda branco, como um piloto de Fórmula 1. Ele e Sandy recentemente passaram um mês de férias na Austrália, onde visitaram a Grande Barreira de Corais. O cientista está prestes a começar a escrever mais um livro sobre Gaia. Richard Branson o convidou para o primeiro vôo do ônibus espacial Virgin Galactic, que acontecerá no fim do ano que vem - "Quero oferecer a ele a visão de Gaia do espaço", diz Branson. Lovelock está ansioso para fazer o passeio, e planeja fazer um teste em uma centrífuga até o fim deste ano para ver se seu corpo suporta as forças gravitacionais de um vôo espacial. Ele evita falar de seu legado, mas brinca com os filhos dizendo que quer ver gravado na lápide de seu túmulo: "Ele nunca teve a intenção de ser conciliador".
Em relação aos horrores que nos aguardam, Lovelock pode muito bem estar errado. Não por ter interpretado a ciência erroneamente (apesar de isso certamente ser possível), mas por ter interpretado os seres humanos erroneamente. Poucos cientistas sérios duvidam que estejamos prestes a viver uma catástrofe climática. Mas, apesar de toda a sensibilidade de Lovelock para a dinâmica sutil e para os ciclos de resposta no sistema climático, ele se mostra curiosamente alheio à dinâmica sutil e aos ciclos de resposta no sistema humano. Ele acredita que, apesar dos nossos iPhones e dos nossos ônibus espaciais, continuamos sendo animais tribais, amplamente incapazes de agir pelo bem maior ou de tomar decisões de longo prazo que garantam nosso bem-estar. "Nosso progresso moral", diz Lovelock, "não acompanhou nosso progresso tecnológico."
Mas talvez seja exatamente esse o motivo do apocalipse que está por vir. Uma das questões que fascina Lovelock é a seguinte: A vida vem evoluindo na Terra há mais de 3 bilhões de anos - e por que motivo? "Gostemos ou não, somos o cérebro e o sistema nervoso de Gaia", ele explica. "Agora, assumimos responsabilidade pelo bem-estar do planeta. Como vamos lidar com isso?"
Enquanto abrimos caminho no meio dos turistas que se dirigem para o castelo, é fácil olhar para eles e ficar triste. Mais difícil é olhar para eles e ter esperança. Mas quando digo isso a Lovelock, ele argumenta que a raça humana passou por muitos gargalos antes - e que talvez sejamos melhores por causa disso. Então ele me conta a história de um acidente de avião, anos atrás, no aeroporto de Manchester. "Um tanque de combustível pegou fogo durante a decolagem", recorda. "Havia tempo de sobra para todo mundo sair, mas alguns passageiros simplesmente ficaram paralisados, sentados nas poltronas, como tinham lhes dito para fazer, e as pessoas que escaparam tiveram que passar por cima deles para sair. Era perfeitamente óbvio o que era necessário fazer para sair, mas eles não se mexiam. Morreram carbonizados ou asfixiados pela fumaça. E muita gente, fico triste em dizer, é assim. E é isso que vai acontecer desta vez, só que em escala muito maior."
Lovelock olha para mim com olhos azuis muito firmes. "Algumas pessoas vão ficar sentadas na poltrona sem fazer nada, paralisadas de pânico. Outras vão se mexer. Vão ver o que está prestes a acontecer, e vão tomar uma atitude, e vão sobreviver. São elas que vão levar a civilização em frente."
Aos 88 anos, depois de quatro filhos e uma carreira longa e respeitada como um dos cientistas mais influentes do século 20, James Lovelock chegou a uma conclusão desconcertante: a raça humana está condenada. "Gostaria de ser mais esperançoso", ele me diz em uma manhã ensolarada enquanto caminhamos em um parque em Oslo (Noruega), onde o estudioso fará uma palestra em uma universidade. Lovelock é baixinho, invariavelmente educado, com cabelo branco e óculos redondos que lhe dão ares de coruja. Seus passos são gingados; sua mente, vívida; seus modos, tudo menos pessimistas. Aliás, a chegada dos Quatro Cavaleiros do Apocalipse - guerra, fome, pestilência e morte - parece deixá-lo animado. "Será uma época sombria", reconhece. "Mas, para quem sobreviver, desconfio que vá ser bem emocionante."
Na visão de Lovelock, até 2020, secas e outros extremos climáticos serão lugar-comum. Até 2040, o Saara vai invadir a Europa, e Berlim será tão quente quanto Bagdá. Atlanta acabará se transformando em uma selva de trepadeiras kudzu. Phoenix se tornará um lugar inabitável, assim como partes de Beijing (deserto), Miami (elevação do nível do mar) e Londres (enchentes). A falta de alimentos fará com que milhões de pessoas se dirijam para o norte, elevando as tensões políticas. "Os chineses não terão para onde ir além da Sibéria", sentencia Lovelock. "O que os russos vão achar disso? Sinto que uma guerra entre a Rússia e a China seja inevitável." Com as dificuldades de sobrevivência e as migrações em massa, virão as epidemias. Até 2100, a população da Terra encolherá dos atuais 6,6 bilhões de habitantes para cerca de 500 milhões, sendo que a maior parte dos sobreviventes habitará altas latitudes - Canadá, Islândia, Escandinávia, Bacia Ártica.
Até o final do século, segundo o cientista, o aquecimento global fará com que zonas de temperatura como a América do Norte e a Europa se aqueçam quase 8 graus Celsius - quase o dobro das previsões mais prováveis do relatório mais recente do Painel Intergovernamental sobre a Mudança Climática, a organização sancionada pela ONU que inclui os principais cientistas do mundo. "Nosso futuro", Lovelock escreveu, "é como o dos passageiros em um barquinho de passeio navegando tranqüilamente sobre as cataratas do Niagara, sem saber que os motores em breve sofrerão pane". E trocar as lâmpadas de casa por aquelas que economizam energia não vai nos salvar. Para Lovelock, diminuir a poluição dos gases responsáveis pelo efeito estufa não vai fazer muita diferença a esta altura, e boa parte do que é considerado desenvolvimento sustentável não passa de um truque para tirar proveito do desastre. "Verde", ele me diz, só meio de piada, "é a cor do mofo e da corrupção."
Se tais previsões saíssem da boca de qualquer outra pessoa, daria para rir delas como se fossem devaneios. Mas não é tão fácil assim descartar as idéias de Lovelock. Na posição de inventor, ele criou um aparelho que ajudou a detectar o buraco crescente na camada de ozônio e que deu início ao movimento ambientalista da década de 1970. E, na posição de cientista, apresentou a teoria revolucionária conhecida como Gaia - a idéia de que nosso planeta é um superorganismo que, de certa maneira, está "vivo". Essa visão hoje serve como base a praticamente toda a ciência climática. Lynn Margulis, bióloga pioneira na Universidade de Massachusetts (Estados Unidos), diz que ele é "uma das mentes científicas mais inovadoras e rebeldes da atualidade". Richard Branson, empresário britânico, afirma que Lovelock o inspirou a gastar bilhões de dólares para lutar contra o aquecimento global. "Jim é um cientista brilhante que já esteve certo a respeito de muitas coisas no passado", diz Branson. E completa: "Se ele se sente pessimista a respeito do futuro, é importante para a humanidade prestar atenção."
Lovelock sabe que prever o fim da civilização não é uma ciência exata. "Posso estar errado a respeito de tudo isso", ele admite. "O problema é que todos os cientistas bem intencionados que argumentam que não estamos sujeitos a nenhum perigo iminente baseiam suas previsões em modelos de computador. Eu me baseio no que realmente está acontecendo."
Quando você se aproxima da casa de Lovelock em Devon, uma área rural no sudoeste da Inglaterra, a placa no portão de metal diz, claramente: "Estação Experimental de Coombe Mill. Local de um novo hábitat. Por favor, não entre nem incomode".
Depois de percorrer algumas centenas de metros em uma alameda estreita, ao lado de um moinho antigo, fica uma casinha branca com telhado de ardósia onde Lovelock mora com a segunda mulher, Sandy, uma norte-americana, e seu filho mais novo, John, de 51 anos e que tem incapacidade leve. É um cenário digno de conto de fadas, cercado de 14 hectares de bosques, sem hortas nem jardins com planejamento paisagístico. Parcialmente escondida no bosque fica uma estátua em tamanho natural de Gaia, a deusa grega da Terra, em homenagem à qual James Lovelock batizou sua teoria inovadora.
A maior parte dos cientistas trabalha às margens do conhecimento humano, adicionando, aos poucos, nova informações para a nossa compreensão do mundo. Lovelock é um dos poucos cujas idéias fomentaram, além da revolução científica, também a espiritual. "Os futuros historiadores da ciência considerarão Lovelock como o homem que inspirou uma mudança digna de Copérnico na maneira como nos enxergamos no mundo", prevê Tim Lenton, pesquisador de clima na Universidade de East Anglia, na Inglaterra. Antes de Lovelock aparecer, a Terra era considerada pouco mais do que um pedaço de pedra aconchegante que dava voltas em torno do Sol. De acordo com a sabedoria em voga, a vida evoluiu aqui porque as condições eram adequadas: não muito quente nem muito frio, muita água. De algum modo, as bactérias se transformaram em organismos multicelulares, os peixes saíram do mar e, pouco tempo depois, surgiu Britney Spears.
Na década de 1970, Lovelock virou essa idéia de cabeça para baixo com uma simples pergunta: Por que a Terra é diferente de Marte e de Vênus, onde a atmosfera é tóxica para a vida? Em um arroubo de inspiração, ele compreendeu que nossa atmosfera não foi criada por eventos geológicos aleatórios, mas sim devido à efusão de tudo que já respirou, cresceu e apodreceu. Nosso ar "não é meramente um produto biológico", James Lovelock escreveu. "É mais provável que seja uma construção biológica: uma extensão de um sistema vivo feito para manter um ambiente específico." De acordo com a teoria de Gaia, a vida é participante ativa que ajuda a criar exatamente as condições que a sustentam. É uma bela idéia: a vida que sustenta a vida. Também estava bem em sintonia com o tom pós-hippie dos anos 70. Lovelock foi rapidamente adotado como guru espiritual, o homem que matou Deus e colocou o planeta no centro da experiência religiosa da Nova Era. O maior erro de sua carreira, aliás, não foi afirmar que o céu estava caindo, mas deixar de perceber que estava. Em 1973, depois de ser o primeiro a descobrir que os clorofluocarbonetos (CFCs), um produto químico industrial, tinham poluído a atmosfera, Lovelock declarou que a acumulação de CFCs "não apresentava perigo concebível". De fato, os CFCs não eram tóxicos para a respiração, mas estavam abrindo um buraco na camada de ozônio. Lovelock rapidamente revisou sua opinião, chamando aquilo de "uma das minhas maiores bolas fora", mas o erro pode ter lhe custado um prêmio Nobel.
No início, ele também não considerou o aquecimento global como uma ameaça urgente ao planeta. "Gaia é uma vagabunda durona", ele explica com freqüência, tomando emprestada uma frase cunhada por um colega. Mas, há alguns anos, preocupado com o derretimento acelerado do gelo no Ártico e com outras mudanças relacionadas ao clima, ele se convenceu de que o sistema de piloto automático de Gaia está seriamente desregulado, tirado dos trilhos pela poluição e pelo desmatamento. Lovelock acredita que o planeta vai recuperar seu equilíbrio sozinho, mesmo que demore milhões de anos. Mas o que realmente está em risco é a civilização. "É bem possível considerar seriamente as mudanças climáticas como uma resposta do sistema que tem como objetivo se livrar de uma espécie irritante: nós, os seres humanos", Lovelock me diz no pequeno escritório que montou em sua casa. "Ou pelo menos fazer com que diminua de tamanho."
Se você digitar "gaia" e "religion" no Google, vai obter 2,36 milhões de páginas - praticantes de wicca, viajantes espirituais, massagistas e curandeiros sexuais, todos inspirados pela visão de Lovelock a respeito do planeta. Mas se você perguntar a ele sobre cultos pagãos, ele responde com uma careta: não tem interesse na espiritualidade desmiolada nem na religião organizada, principalmente quando coloca a existência humana acima de tudo o mais. Em Oxford, certa vez ele se levantou e repreendeu Madre Teresa por pedir à platéia que cuidasse dos pobres e "deixasse que Deus tomasse conta da Terra". Como Lovelock explicou a ela, "se nós, as pessoas, não respeitarmos a Terra e não tomarmos conta dela, podemos ter certeza de que ela, no papel de Gaia, vai tomar conta de nós e, se necessário for, vai nos eliminar".
Gaia oferece uma visão cheia de esperança a respeito de como o mundo funciona. Afinal de contas, se a Terra é mais do que uma simples pedra que gira ao redor do sol, se é um superorganismo que pode evoluir, isso significa que existe certa quantidade de perdão embutida em nosso mundo - e essa é uma conclusão que vai irritar profundamente estudiosos de biologia e neodarwinistas de absolutamente todas as origens.
Para Lovelock, essa é uma idéia reconfortante. Considere a pequena propriedade que ele tem em Devon. Quando ele comprou o terreno, há 30 anos, era rodeada por campos aparados por mil anos de ovelhas pastando. E ele se empenhou em devolver a seus 14 hectares um caráter mais próximo do natural. Depois de consultar um engenheiro florestal, plantou 20 mil árvores - amieiros, carvalhos, pinheiros. Infelizmente, plantou muitas delas próximas demais, e em fileiras. Agora, as árvores estão com cerca de 12 metros de altura, mas em vez de ter ar "natural", partes do terreno dele parecem simplesmente um projeto de reflorestamento mal executado. "Meti os pés pelas mãos", Lovelock diz com um sorriso enquanto caminhamos no bosque. "Mas, com o passar dos anos, Gaia vai dar um jeito."
Até pouco tempo atrás, Lovelock achava que o aquecimento global seria como sua floresta meia-boca - algo que o planeta seria capaz de corrigir. Então, em 2004, Richard Betts, amigo de Lovelock e pesquisador no Centro Hadley para as Mudanças Climáticas - o principal instituto climático da Inglaterra -, convidou-o para dar uma passada lá e bater um papo com os cientistas. Lovelock fez reunião atrás de reunião, ouvindo os dados mais recentes a respeito do gelo derretido nos pólos, das florestas tropicais cada vez menores, do ciclo de carbono nos oceanos. "Foi apavorante", conta.
"Mostraram para nós cinco cenas separadas de respostas positivas em climas regionais - polar, glacial, floresta boreal, floresta tropical e oceanos -, mas parecia que ninguém estava trabalhando nas conseqüências relativas ao planeta como um todo." Segundo ele, o tom usado pelos cientistas para falar das mudanças que testemunharam foi igualmente de arrepiar: "Parecia que estavam discutindo algum planeta distante ou um universo-modelo, em vez do lugar em que todos nós, a humanidade, vivemos".
Quando Lovelock estava voltando para casa em seu carro naquela noite, a compreensão lhe veio. A capacidade de adaptação do sistema se perdera. O perdão fora exaurido. "O sistema todo", concluiu, "está em modo de falha." Algumas semanas depois, ele começou a trabalhar em seu livro mais pessimista, A Vingança de Gaia, publicado no Brasil em 2006. Na sua visão, as falhas nos modelos climáticos computadorizados são dolorosamente aparentes. Tome como exemplo a incerteza relativa à projeção do nível do mar: o IPCC, o painel da ONU sobre mudanças climáticas, estima que o aquecimento global vá fazer com que a temperatura média da Terra aumente até 6,4 graus Celsius até 2100. Isso fará com que geleiras em terra firme derretam e que o mar se expanda, dando lugar à elevação máxima do nível de mar de apenas pouco menos de 60 centímetros. A Groenlândia, de acordo com os modelos do IPCC, demorará mil anos para derreter.
Mas evidências do mundo real sugerem que as estimativas do IPCC são conservadoras demais. Para começo de conversa, os cientistas sabem, devido aos registros geológicos, que há 3 milhões de anos, quando as temperaturas subiram cinco graus acima dos níveis atuais, os mares subiram não 60 centímetros, mas 24 metros. Além do mais, medidas feitas por satélite recentemente indicam que o Ártico está derretendo com tanta rapidez que a região pode ficar totalmente sem gelo até 2030. "Quem elabora os modelos não tem a menor noção sobre derretimento de placas de gelo", desdenha o estudioso, sem sorrir.
Mas não é apenas o gelo que invalida os modelos climáticos. Sabe-se que é difícil prever corretamente a física das nuvens, e fatores da biosfera, como o desmatamento e o derretimento da Tundra, raramente são levados em conta. "Os modelos de computador não são bolas de cristal", argumenta Ken Caldeira, que elabora modelos climáticos na Universidade de Stanford, cuja carreira foi profundamente influenciada pelas idéias de Lovelock. "Ao observar o passado, fazemos estimativas bem informadas em relação ao futuro. Os modelos de computador são apenas uma maneira de codificar esse conhecimento acumulado em apostas automatizadas e bem informadas."
Aqui, em sua essência supersimplificada, está o cenário pessimista de Lovelock: o aumento da temperatura significa que mais gelo derreterá nos pólos, e isso significa mais água e terra. Isso, por sua vez, faz aumentar o calor (o gelo reflete o sol, a terra e a água o absorvem), fazendo com que mais gelo derreta. O nível do mar sobe. Mais calor faz com que a intensidade das chuvas aumente em alguns lugares e com que as secas se intensifiquem em outros. As florestas tropicais amazônicas e as grandes florestas boreais do norte - o cinturão de pinheiros e píceas que cobre o Alasca, o Canadá e a Sibéria - passarão por um estirão de crescimento, depois murcharão até desaparecer. O solo permanentemente congelado das latitudes do norte derrete, liberando metano, um gás que contribui para o efeito estufa e que é 20 vezes mais potente do que o CO2... e assim por diante. Em um mundo de Gaia funcional, essas respostas positivas seriam moduladas por respostas negativas, sendo que a maior de todas é a capacidade da Terra de irradiar calor para o espaço. Mas, a certa altura, o sistema de regulagem pára de funcionar e o clima dá um salto - como já aconteceu muitas vezes no passado - para uma nova situação, mais quente. Não é o fim do mundo, mas certamente é o fim do mundo como o conhecemos.
O cenário pessimista de Lovelock é desprezado por pesquisadores de clima de renome, sendo que a maior parte deles rejeita a idéia de que haja um único ponto de desequilíbrio para o planeta inteiro. "Ecossistemas individuais podem falhar ou as placas de gelo podem entrar em colapso", esclarece Caldeira, "mas o sistema mais amplo parece ser surpreendentemente adaptável." No entanto, vamos partir do princípio, por enquanto, de que Lovelock esteja certo e que de fato estejamos navegando por cima das cataratas do Niagara. Simplesmente vamos acenar antes de cair? Na visão de Lovelock, reduções modestas de emissões de gases que contribuem para o efeito estufa não vão nos ajudar - já é tarde demais para deter o aquecimento global trocando jipões a diesel por carrinhos híbridos. E a idéia de capturar a poluição de dióxido de carbono criada pelas usinas a carvão e bombear para o subsolo? "Não há como enterrar quantidade suficiente para fazer diferença." Biocombustíveis? "Uma idéia monumentalmente idiota." Renováveis? "Bacana, mas não vão nem fazer cócegas." Para Lovelock, a idéia toda do desenvolvimento sustentável é equivocada: "Deveríamos estar pensando em retirada sustentável".
A retirada, na visão dele, significa que está na hora de começar a discutir a mudança do lugar onde vivemos e de onde tiramos nossos alimentos; a fazer planos para a migração de milhões de pessoas de regiões de baixa altitude, como Bangladesh, para a Europa; a admitir que Nova Orleans já era e mudar as pessoas para cidades mais bem posicionadas para o futuro. E o mais importante de tudo é que absolutamente todo mundo "deve fazer o máximo que pode para sustentar a civilização, de modo que ela não degenere para a Idade das Trevas, com senhores guerreiros mandando em tudo, o que é um perigo real. Assim, podemos vir a perder tudo".
Até os amigos de Lovelock se retraem quando ele fala assim. "Acho que ele está deixando nossa cota de desespero no negativo", diz Chris Rapley, chefe do Museu de Ciência de Londres, que se empenhou com afinco para despertar a consciência mundial sobre o aquecimento global. Outros têm a preocupação justificada de que as opiniões de Lovelock sirvam para dispersar o momento de concentração de vontade política para impor restrições pesadas às emissões de gases poluentes que contribuem para o efeito estufa. Broecker, o paleoclimatologista de Columbia, classifica a crença de Lovelock de que reduzir a poluição é inútil como "uma bobagem perigosa".
"Eu gostaria de poder dizer que turbinas de vento e painéis solares vão nos salvar", Lovelock responde. "Mas não posso. Não existe nenhum tipo de solução possível. Hoje, há quase 7 bilhões de pessoas no planeta, isso sem falar nos animais. Se pegarmos apenas o CO2 de tudo que respira, já é 25% do total - quatro vezes mais CO2 do que todas as companhias aéreas do mundo. Então, se você quer diminuir suas emissões, é só parar de respirar. É apavorante. Simplesmente ultrapassamos todos os limites razoáveis em números. E, do ponto de vista puramente biológico, qualquer espécie que faz isso tem que entrar em colapso."
Mas isso não é sugerir, no entanto, que Lovelock acredita que deveríamos ficar tocando harpa enquanto assistimos o mundo queimar. É bem o contrário. "Precisamos tomar ações ousadas", ele insiste. "Temos uma quantidade enorme de coisas a fazer." De acordo com a visão dele, temos duas escolhas: podemos retornar a um estilo de vida mais primitivo e viver em equilíbrio com o planeta como caçadores-coletores ou podemos nos isolar em uma civilização muito sofisticada, de altíssima tecnologia. "Não há dúvida sobre que caminho eu preferiria", diz certa manhã, em sua casa, com um sorriso aberto no rosto enquanto digita em seu computador. "Realmente, é uma questão de como organizamos a sociedade - onde vamos conseguir nossa comida, nossa água. Como vamos gerar energia."
Em relação à água, a resposta é bem direta: usinas de dessalinização, que são capazes de transformar água do mar em água potável. O suprimento de alimentos é mais difícil: o calor e a seca vão acabar com a maior parte das regiões de plantações de alimentos hoje existentes. Também vão empurrar as pessoas para o norte, onde vão se aglomerar em cidades. Nessas áreas, não haverá lugar para quintais ajardinados. Como resultado, Lovelock acredita, precisaremos sintetizar comida - teremos que criar alimentos em barris com culturas de tecidos de carnes e vegetais. Isso parece muito exagerado e profundamente desagradável, mas, do ponto de vista tecnológico, não será difícil de realizar.
O fornecimento contínuo de eletricidade também será vital, segundo ele. Cinco dias depois de visitar o centro Hadley, Lovelock escreveu um artigo opinativo polêmico, intitulado: "Energia nuclear é a única solução verde". Lovelock argumentava que "devemos usar o pequeno resultado dos renováveis com sensatez", mas que "não temos tempo para fazer experimentos com essas fontes de energia visionárias; a civilização está em perigo iminente e precisa usar a energia nuclear - a fonte de energia mais segura disponível - agora ou sofrer a dor que em breve será infligida a nosso planeta tão ressentido".
Ambientalistas urraram em protesto, mas qualquer pessoa que conhecia o passado de Lovelock não se surpreendeu com sua defesa à energia nuclear. Aos 14 anos, ao ler que a energia do sol vem de uma reação nuclear, ele passou a acreditar que a energia nuclear é uma das forças fundamentais no universo. Por que não aproveitá-la? No que diz respeito aos perigos - lixo radioativo, vulnerabilidade ao terrorismo, desastres como o de Chernobyl - Lovelock diz que este é dos males o menos pior: "Mesmo que eles tenham razão a respeito dos perigos, e não têm, continua não sendo nada na comparação com as mudanças climáticas".
Como último recurso, para manter o planeta pelo menos marginalmente habitável, Lovelock acredita que os seres humanos podem ser forçados a manipular o clima terrestre com a construção de protetores solares no espaço ou instalando equipamentos para enviar enormes quantidades de CO2 para fora da atmosfera. Mas ele considera a geoengenharia em larga escala como um ato de arrogância - "Imagino que seria mais fácil um bode se transformar em um bom jardineiro do que os seres humanos passarem a ser guardiões da Terra". Na verdade, foi Lovelock que inspirou seu amigo Richard Branson a oferecer um prêmio de US$ 25 milhões para o "Virgin Earth Challenge" (Desafio Virgin da Terra), que será concedido à primeira pessoa que conseguir criar um método comercialmente viável de remover os gases responsáveis pelo efeito estufa da atmosfera. Lovelock é juiz do concurso, por isso não pode participar dele, mas ficou intrigado com o desafio. Sua mais recente idéia: suspender centenas de milhares de canos verticais de 18 metros de comprimento nos oceanos tropicais, colocar uma válvula na base de cada cano e permitir que a água das profundezas, rica em nutrientes, seja bombeada para a superfície pela ação das ondas. Os nutrientes das águas das profundezas aumentariam a proliferação das algas, que consumiriam o dióxido de carbono e ajudariam a resfriar o planeta. "É uma maneira de contrabalançar o sistema de energia natural da Terra usando ele próprio", Lovelock especula. "Acho que Gaia aprovaria."
Oslo é o tipo perfeito de cidade para Lovelock. Fica em latitudes do norte, que ficarão mais temperadas na medida em que o clima for esquentando; tem água aos montes; graças a suas reservas de petróleo e gás, é rica; e lá já há muito pensamento criativo relativo à energia, incluindo, para a satisfação de Lovelock, discussões renovadas a respeito da energia nuclear. "A questão principal a ser discutida aqui é como manejar as hordas de pessoas que chegarão à cidade", Lovelock avisa. "Nas próximas décadas, metade da população do sul da Europa vai tentar se mudar para cá."
Nós nos dirigimos para perto da água, passando pelo castelo de Akershus, uma fortaleza imponente do século 13 que funcionou como quartel-general nazista durante a ocupação da cidade na Segunda Guerra Mundial. Para Lovelock, os paralelos entre o que o mundo enfrentou naquela época e o que enfrenta hoje são bem claros. "Em certos aspectos, é como se estivéssemos de novo em 1939", ele afirma. "A ameaça é óbvia, mas não conseguimos nos dar conta do que está em jogo. Ainda estamos falando de conciliação."
Naquele tempo, como hoje, o que mais choca Lovelock é a ausência de liderança política. Apesar de respeitar as iniciativas de Al Gore para conscientizar as pessoas, não acredita que nenhum político tenha chegado perto de nos preparar para o que vem por aí. "Em muito pouco tempo, estaremos vivendo em um mundo desesperador, comenta Lovelock. Ele acredita que está mais do que na hora para uma versão "aquecimento global" do famoso discurso que Winston Churchill fez para preparar a Grã-Bretanha para a Segunda Guerra Mundial: "Não tenho nada a oferecer além de sangue, trabalho, lágrimas e suor". "As pessoas estão prontas para isso", Lovelock dispara quando passamos sob a sombra do castelo. "A população entende o que está acontecendo muito melhor do que a maior parte dos políticos."
Independentemente do que o futuro trouxer, é provável que Lovelock não esteja por aí para ver. "O meu objetivo é viver uma vida retangular: longa, forte e firme, com uma queda rápida no final", sentencia. Lovelock não apresenta sinais de estar se aproximando de seu ponto de queda. Apesar de já ter passado por 40 operações, incluindo ponte de safena, continua viajando de um lado para o outro no interior inglês em seu Honda branco, como um piloto de Fórmula 1. Ele e Sandy recentemente passaram um mês de férias na Austrália, onde visitaram a Grande Barreira de Corais. O cientista está prestes a começar a escrever mais um livro sobre Gaia. Richard Branson o convidou para o primeiro vôo do ônibus espacial Virgin Galactic, que acontecerá no fim do ano que vem - "Quero oferecer a ele a visão de Gaia do espaço", diz Branson. Lovelock está ansioso para fazer o passeio, e planeja fazer um teste em uma centrífuga até o fim deste ano para ver se seu corpo suporta as forças gravitacionais de um vôo espacial. Ele evita falar de seu legado, mas brinca com os filhos dizendo que quer ver gravado na lápide de seu túmulo: "Ele nunca teve a intenção de ser conciliador".
Em relação aos horrores que nos aguardam, Lovelock pode muito bem estar errado. Não por ter interpretado a ciência erroneamente (apesar de isso certamente ser possível), mas por ter interpretado os seres humanos erroneamente. Poucos cientistas sérios duvidam que estejamos prestes a viver uma catástrofe climática. Mas, apesar de toda a sensibilidade de Lovelock para a dinâmica sutil e para os ciclos de resposta no sistema climático, ele se mostra curiosamente alheio à dinâmica sutil e aos ciclos de resposta no sistema humano. Ele acredita que, apesar dos nossos iPhones e dos nossos ônibus espaciais, continuamos sendo animais tribais, amplamente incapazes de agir pelo bem maior ou de tomar decisões de longo prazo que garantam nosso bem-estar. "Nosso progresso moral", diz Lovelock, "não acompanhou nosso progresso tecnológico."
Mas talvez seja exatamente esse o motivo do apocalipse que está por vir. Uma das questões que fascina Lovelock é a seguinte: A vida vem evoluindo na Terra há mais de 3 bilhões de anos - e por que motivo? "Gostemos ou não, somos o cérebro e o sistema nervoso de Gaia", ele explica. "Agora, assumimos responsabilidade pelo bem-estar do planeta. Como vamos lidar com isso?"
Enquanto abrimos caminho no meio dos turistas que se dirigem para o castelo, é fácil olhar para eles e ficar triste. Mais difícil é olhar para eles e ter esperança. Mas quando digo isso a Lovelock, ele argumenta que a raça humana passou por muitos gargalos antes - e que talvez sejamos melhores por causa disso. Então ele me conta a história de um acidente de avião, anos atrás, no aeroporto de Manchester. "Um tanque de combustível pegou fogo durante a decolagem", recorda. "Havia tempo de sobra para todo mundo sair, mas alguns passageiros simplesmente ficaram paralisados, sentados nas poltronas, como tinham lhes dito para fazer, e as pessoas que escaparam tiveram que passar por cima deles para sair. Era perfeitamente óbvio o que era necessário fazer para sair, mas eles não se mexiam. Morreram carbonizados ou asfixiados pela fumaça. E muita gente, fico triste em dizer, é assim. E é isso que vai acontecer desta vez, só que em escala muito maior."
Lovelock olha para mim com olhos azuis muito firmes. "Algumas pessoas vão ficar sentadas na poltrona sem fazer nada, paralisadas de pânico. Outras vão se mexer. Vão ver o que está prestes a acontecer, e vão tomar uma atitude, e vão sobreviver. São elas que vão levar a civilização em frente."
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